segunda-feira, 9 de outubro de 2017

TEMPO DE APROVEITAR AS OPORTUNIDADES



Andai com sabedoria para com os de fora; aproveitem as oportunidades”.
Colossenses 4.5.

É sábia a pessoa que consegue aproveitar bem as oportunidades para dar bom testemunho e pregar o evangelho aos homens que andam a passos largos para um fim trágico, longe de Deus. Há três coisas na vida que nunca volta atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida. É necessário enxergarmos e aproveitarmos as oportunidades. Elas são criadas por Deus para fazermos alguma coisa, para criarmos algo novo, para escaparmos de alguma situação difícil, para conseguirmos o sucesso, para alcançarmos um milagre, para pregarmos o evangelho.
Parece que foi ontem que nós estávamos abrindo o ano de 2017 e já chegamos no mês de outubro. Os dias correm, o tempo voa e os acontecimentos nacionais e mundiais não nos deixam esquecer das palavras proféticas do Senhor Jesus. Guerras e rumores de guerra, pais contra filhos e filhos contra pais; fome, catástrofes, terremotos e maremotos.
O que dizer a respeito da revelação do apóstolo Paulo a seu filho na fé Timóteo: sabe porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. (2 Timóteo 3.1-4). Quando lemos estes versículos até parece que estamos lendo as páginas dos jornais de hoje. Nunca estivemos tão perto do fim.
É hora de arregaçarmos as mangas, sermos cheio do Espírito Santo, nos revestirmos da armadura de Deus e cumprirmos o Ide do Senhor, pois esta sociedade mais do que nunca precisa conhecer o único e verdadeiro Deus. E isto se dará através de homens e mulheres comprometidos com o Reino. Na grande Comissão, Jesus ordenou aos seus discípulos que fossem por todo o mundo, e pregassem o evangelho a toda a criatura (Marcos 16.15). A igreja foi levantada embaixo de uma ordem “Ide”. Faz parte da nossa missão aproveitar as oportunidades, marchar, avançar e alcançar as almas com o evangelho de Jesus Cristo que é poder de Deus para salvação. Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. (Romanos 1.16). Não devemos nos envergonhar do evangelho, mas estarmos preparados, aproveitando as oportunidades. O evangelho de Jesus Cristo é poder, é vida.

BÍBLIA DO OBREIRO. João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

BÍBLIA NOVA VERSÃO INTERNACIONAL. João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

EU SOU A PORTA

“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (João 10:9).

Jesus, o grande Eu SOU, é a porta de entrada para a verdadeira igreja, e o caminho de acesso para o próprio Deus. Ele dá ao homem que vai a Deus por meio Dele quatro privilégios especiais:

1. Será salvo. O homicida fugitivo passou pelos portões da cidade de refúgio e foi salvo. Noé entrou pela porta da arca e ficou em segurança. Aqueles que aceitam Jesus como a porta da fé para suas almas não ficam perdidos. O acesso à paz por meio de Jesus é a garantia de entrada nos céus pela mesma porta. Jesus é a única porta, uma porta aberta, uma porta ampla, uma porta segura; e bem-aventurado é aquele que coloca toda a sua esperança de entrar na glória sobre o Redentor crucificado.
 
2. Entrará. Ele terá o privilégio de entrar para a família divina, compartilhando do pão dos filhos de Deus e participando de todas as suas honras e prazeres. Ele entrará nos aposentos da comunhão, nos banquetes do amor, nos tesouros da aliança, nos depósitos das promessas. Entrará na presença do Rei dos reis no poder do Espírito Santo e os segredos do Senhor estarão com ele.
 
3. Sairá. Esta é uma benção muito esquecida. Somos enviados ao mundo para labutar e sofrer, mas que bênção ir em nome e no poder de Jesus! Somos chamados a dar testemunho da verdade, a animar os abatidos, a admoestar os descuidados, a ganhar almas e a glorificar a Deus; e, como o Anjo disse a Gideão: "Vai nessa tua força" (Jz. 6:14), da mesma forma o Senhor nos faria prosperar como Seus mensageiros, em Seu nome e em Sua força.
 
4. Achará pastagem. Aquele que conhece a Jesus jamais terá falta. Entrar e sair será igualmente útil para ele: na companhia de Deus ele crescerá, e regando os outros ele será regado. Fazendo de Jesus seu tudo, ele encontrará tudo em Jesus. Sua alma será como um jardim regado e como um poço cujas águas jamais secarão. 

SPURGEON, Charles Haddon. Sermões Devocionais. p.178 (Devocional vespertina do dia 17 de dezembro de 1867). Tradução: Mariza Regina Souza.


sábado, 8 de abril de 2017

A MELHOR DECISÃO


A vida é feita de decisões que determinam sucesso ou fracasso, ganho ou perda, vitória ou derrota, enriquecimento ou empobrecimento, quer material, intelectual ou espiritual.
Durante nossa existência abrimos mão de muitas coisas, principalmente em época de crise financeira, de recessão e desemprego. Contudo podemos abrir mão de muita coisa, só não podemos abrir mão da poderosa presença de Deus que nos ensina, protege e abençoa, pois o principal nesta vida é esta presença. Uma certa vez Moisés disse que não ia prosseguir a caminhada pelo deserto se a presença de Deus não fosse com ele. Infelizmente existem pessoas que estão indo de mal a pior mesmo tendo bens, fazendas, carros importados, triplex e etc. Tudo isso sem a bênção de Deus torna-se em maldição, perturbação e dores. O sábio Salomão dominado pela sabedoria divina escreveu: “A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores”. (Pv 10.22).
Josué sucessor do profeta Moisés. Filho de Num, da Tribo de Efraim, este homem foi ajudante de Moisés durante o êxodo dos israelitas do Egito e os 40 anos pelo deserto do Sinai. Depois da morte de Moisés, Josué liderou o povo de Israel na conquista das cidades da terra de Canaã. Sua liderança é narrada no livro que toma o seu nome, no qual pode-se destacar a tomada da cidade de Jericó entre os demais feitos ali relatados que também contaram com a intervenção divina seguidos muitas vezes de prodígios, como no relato em que o sol e a lua chegaram a parar durante a batalha. No capitulo 24 Josué recorda tudo que Deus tinha feito e leva o povo a tomar a decisão de renovar a aliança com Deus.
“Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.(V.15).
“Disse então o povo a Josué: Não! Antes serviremos ao Senhor”.(V. 21).
Aquele povo era de batalha, valentes, destemidos, mas as vitórias só eram alcançadas quando eles decidiam largar os deuses estranhos que têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. (Salmos 115.5-7).
Não adianta saber lutar e não ter as armas certas, ter força e não saber usa-la, está na batalha e não ser vencedor. Os vencedores são aqueles que tem consigo as bênçãos do Deus de Abrão, Isaque e Jacó.
Lembre-se: A vida é feita de decisões. Decida servir a Deus Hoje! E a bênção do Senhor fará a diferença estando você no deserto ou no manancial, no campo ou na cidade, no cárcere ou no palácio. A diferença não está em quanto você ganha, nem onde você está, mas sim com quem você está. Decida-se está com o Senhor Jesus. Pedro só teve uma pesca maravilhosa quando permitiu Jesus entrar no seu barco. Pedro tinha o barco, mas lhe faltava a bênção, mas ele decidiu colocar a bênção dentro do seu barco.
Jairo tinha uma casa, mas dentro da casa desse chefe da sinagoga tinha muito desespero, aflição, choro e morte, mas quando ele decidiu abrir a porta para Jesus sua casa foi abençoada.
Abra a porta para Jesus, pois essa é a melhor decisão que você pode tomar hoje!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A CARA DO NOIVO


“MAS TODOS NÓS, COM ROSTO DESCOBERTO, REFLETINDO COMO UM ESPELHO A GLÓRIA DO SENHOR, SOMOS TRANSFORMADOS DE GLÓRIA EM GLÓRIA NA MESMA IMAGEM, COMO PELO ESPÍRITO DO SENHOR.” 2 CO 3.18.

Soren Aabye Kierkegaard, considerado o pai do existencialismo, disse que o mundo é um verdadeiro baile de máscaras, afirmando que a vida é um teatro cheio de atores, que as ideologias e conceitos não passam de retoques na maquiagem da nossa própria presunção narcisista.
Dizem que um rapaz encontrou no elevador o ator norte-americano Tom Cruise, e perguntou: "É você mesmo?" Tom respondeu: "não, só quando estou sozinho".
Isto é fato: ficamos parecidos com aquilo que praticamos, as práticas vão torneando o caráter, as atitudes é que dão forma a construção da vida. Atos muitas vezes praticados vira hábito, por sua vez o hábito vira costume, o costume muitas vezes praticado vira uma mania, mania muitas vezes praticada vira um vício, e o vício transforma a índole. Analisando Gênesis 3.9, percebo que quando Deus procura por Adão no jardim no Éden (Gn 2.8), Ele sabia onde o homem estava, mas o Adão que Ele está vendo está com a cara diferente do Adão que Ele criou. "E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?Por que o Adão que eu estou vendo não é o Adão que eu criei.
Um rapaz disse: pastor a sua igreja tem a sua cara! Eu não concordo com esta frase e forma de ver. Será que a igreja deve ter a cara do pastor? E quando este pastor for transferido ou morrer, como vai ficar a igreja? O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que lhe serve e o ouve, alegra-se grandemente por causa da voz do noivo. Portanto, essa satisfação já se cumpriu em mim” (Jo 3.29). A igreja deve ter a cara, aparência, os valores e sentimentos do noivo (Fp 2.5), isso é, se o líder estiver ensinando realmente o Evangelho. A cara da igreja tem que ser a cara do ensino da Palavra, dos valores apregoados pela verdade, pela piedade do ensino de Cristo e dos apóstolos.
Alguns podem argumentar, usando a frase: "Mas o povo é conforme o sacerdote". Oséias 4.9 diz: “por isso, como é o povo, assim será o sacerdote...”. Sem levar em conta a distorção proposital ou não do texto, esclareço que naquele tempo o sacerdote se responsabilizava pelo povo diante de Deus, só que isso acabou, por que somos filhos de um outro sacerdócio, que não é mas de Arão, mas da ordem de Melquizedeque, e Jesus é o Sumo-sacerdote dessa ordem, e é a cara, valores e sentimentos dEle que a igreja deve ter; Ele é o pastor que a igreja deve ter a sua cara. O apóstolo Paulo disse: "Quem quiser parecer com Jesus apenas me imite."
É com a face dEle que nós devemos parecer, pois acredito que a grande obra do Espírito Santo é nos transformar à imagem de Cristo Jesus, para restaurar a imagem de Deus no homem (IMAGO DEI).
Seria glorioso ver algumas igrejas sem maquiagens dos salões de beleza da teologia da prosperidade ou teologia liberal. Sonho com uma igreja que quando observada for, se pareça com Cristo em seus sofrimentos, calúnias, graça, unção, autoridade, glória e estilo simples de viver. Uma igreja que não tenha a cara de Abrão, nem Moisés, nem de Arão, sequer de Elias, mas que tenha a cara de Jesus Cristo, pois ela é dEle, “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; (Mt 16.18). Para que quando os homens olharem pra ela não digam: "Vi que a igreja tem a sua cara! Mas que quando eles olharem digam: olhei pra essa igreja e vi a face de Cristo".

terça-feira, 4 de outubro de 2016

TODO HEREGE SE BASEIA NA BÍBLIA

Para muitas pessoas o herege é aquele que não dá valor a Bíblia Sagrada, que rasga versículos ou não quer saber de religião, muito pelo contrário, na história da Igreja os hereges surgem da comunidade cristã e utilizam as Sagradas Escrituras para defender a sua heresia, estas pessoas se baseiam em textos bíblicos e fazem uma leitura fundamentalista, situação muito comum até hoje.
Não é atoa que o diabo ao tentar Jesus no deserto se utilizou das Escrituras para tentar induzir Jesus ao erro quando disse: “Se tu és o filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com teu pé em alguma pedra” (Mateus 4.6). Sabemos é claro que Jesus também se utilizou das Escrituras para responder o diabo: “Disse-lhes Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”. Temos aqui um conflito, a pergunta é: como interpretar as Escrituras? Quando utilizar determinado versículo? Percebemos que o diabo se fundamenta em um versículo para tentar levar Jesus ao erro, e o Cristo, nosso Senhor, utiliza-se da mesma Escritura de forma coerente, de forma revelada, de um jeito verdadeiro, afinal, ele estava no deserto conduzido pelo Espírito de Deus (Mateus 4.1).
Antes de continuarmos, o que precisa ficar claro até aqui é que citar um texto bíblico ou se basear em textos bíblicos para justificar as ações não significa fazer o que é certo, não quer dizer “obedecer a Deus”. Entenda, até o diabo utilizou-se de passagens bíblicas para tentar induzir Jesus ao erro, é óbvio que hoje em dia o que mais ocorre são pessoas se utilizando das Escrituras de um jeito errado, induzindo pessoas ao erro! A forma de não cair nessa cilada não é simplesmente citar outros versículos bíblicos, não é simplesmente ficar rebatendo textos das Escrituras, mas “existir em Jesus Cristo”, isso é profundo: Jesus não rebateu textos bíblicos, mas estava sendo conduzido pelo Espírito de Deus para o cumprimento do propósito do Reino de Deus (João 6.38; Lucas 4.18). Isso o herege não faz, o herege cita versos para criar doutrinas vazias, confusas e que distanciem o Evangelho do Reino de Deus apresentado em Jesus.


Fonte de pesquisa: MTAgoraGospelPrime

sexta-feira, 1 de julho de 2016

JONAS


Contexto Histórico


Os assírios pagãos, inimigos de Israel de longa data, eram uma força dominante entre os antigos de aproximadamente 885 a 665 a.C. Relatos do A.T descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos. O poder assírio era mais fraco durante o tempo de Jonas, e Jeroboão foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em direção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas (2 Reis 14.25).
O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente do outros livros proféticos, pois ele não tem uma profecia que não contenha uma mensagem; a história é a mensagem. A história recorda um dos mais profundo conceitos teológicos encontrados no A.T. Deus ama todas as pessoas e deseja compartilhar seu perdão e misericórdia com elas. Israel havia sido encarregado de entregar aquela mensagem, mas, de algum modo, eles não compreenderam a importância dela. Essa falha conseqüentemente levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo do N.T.
Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e ir 1300 km pra o oriente, a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. Sua mensagem é pra ser um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso eles responda positivamente. Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive, então aquela cidade estará livre para saquear e roubar Israel novamente. Esse patriotismo nacionalista e seu desdém a que a misericórdia seja oferecida para pessoas que não fazem parte do concerto induzem Jonas a decidir deixar Israel e “fugir de diante da face do Senhor”. Sem dúvida, ele esperava que o Espírito da profecia não o seguisse. Jonas está descontente e. algum modo se convence do que uma viagem a Társis irá livra-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele.
A viagem a Társis logo fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não está restrita à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem Jonas face à face ao seu chamado missionário. Após determinarem que Jonas e seu Deus são responsáveis pela tempestade, e após esgotarem todas as alternativas, os marinheiros atiraram Jonas ao mar. Sem dúvida, Jonas e os marinheiros acharam que esse seria o fim de Jonas; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, após três dias e três noites, o peixe o jogou em terra firme.
Novamente, Deus manda Jonas levantar e ir a Nínive para entregar a mensagem de libertação. Desta vez, o profeta concorda relutantemente em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus. Para seu espanto, os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, se arrependeram e mostraram isso através do jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo os animais são obrigados a participar dessa conduta humilde.
O coração de Jonas ainda não está mudado, e ele reage com ira e confusão. Por que Deus teria misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel? Talvez esperando que o arrependimento não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá ele aguarda do dia indicado para o julgamento.
Deus usa esse tempo de esperar para ensinar uma valiosa lição a Jonas. Ele prepara uma aboboreira para crescer durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se regozija na sua boa sorte. Então, Deus prepara um bicho pra comer o caule da aboboreira e a faz secar.
Ele, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmoso, vindo do oriente, para secar o corpo morto de sede de Jonas. Ele lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus. Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus amava.


Contextualização

Jonas é um livro incomum, tanto por sua mensagem quanto por seu mensageiro. Ao contrário de outros livros do Antigo Testamento, ele se desenvolve apenas em torno de uma nação gentia. Isso nos mostra que Deus se preocupa com os gentios (pecadores), do mesmo modo que com Israel (seu povo escolhido).
Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. (Jonas 1.1,2).
Deus estava dando uma ordem para Jonas. Deus não estava pedindo, nós temos que saber a diferença quando Deus nos pede e quando Deus nos manda. Nínive era a capital do reino assírio que era um dos reinos, mas perverso daquela época, Jonas sabia disso! Vou fazer uma comparação: Nos nossos dias vamos supor que Nínive fosse o Estados Unidos e Jonas fosse Iraquiano e Deus mandasse ele gritar nas ruas de Nova Yorque que Deus ia destruir a América. A ordem de Deus não foi algo fácil de se executar olhando por essa ótica. Se formos analisar o contexto histórico iremos entender que a Assíria era um dos maiores inimigos da palestina.
Jonas toma um destino totalmente diferente da ordem que tinha recebido e essa ordem não era do homem a ordem era de Deus. Quando Deus nos pede algo podemos até recusar, mas quando ele manda nos não podemos fugir.
Mas o Senhor lançou sobre o mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, de modo que o navio estava a ponto de se despedaçar. (Jonas 1.4).
Existe momento que tomamos certas atitudes e essas atitudes vão fazer com que Deus prepare coisas para aquele momento. Tem crente que tudo que acontece de ruim na sua vida ele diz que é o diabo, tem coisas que não é o diabo e sim Deus que cria. Quando Jonas recusa em ouvir a voz de Deus, ele cria a primeira coisa: Uma grande tempestade. Nem todas as tem tempestades que acontecem em nossas vidas é coisa do diabo.
A igreja foi levantada embaixo de uma ordem “Ide”, quando eu não cumpro essa ordem o mesmo Deus que deu a ordem sabe criar tempestade, pois o vento e o mar não são o homem que controla quem controla todas as coisas é a mão do Todo-Poderoso.
Quando eu vejo um cristão passando por prova a primeira coisa que eu pergunto para Deus é quem é que criou esse vento, porque tem tempestade que foi criada por Deus. Quando Deus cria uma tempestade ele quer nos ensinar alguma coisa e não tem como fugir de Deus. E muita das vezes quando a tempestade acontece a primeira coisa que é atingida é as finanças e não é o migrador nem o cortador é Deus que está tocando.
Então os marinheiros tiveram medo, e clamavam cada um ao seu deus, e lançaram ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem; Jonas, porém, descera ao porão do navio; e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono. O mestre do navio, pois, chegou-se a ele, e disse-lhe: Que estás fazendo, ó tu que dormes? Levanta-te, clama ao teu deus; talvez assim ele se lembre de nós, para que não pereçamos. (Jonas 1.5,6).
Toda vez que Deus cria uma tempestade é porque ele quer que nós venhamos mudar de direção. Mas muita das vezes somos insensíveis, o vento sopra e nós ficamos dormindo e muita das vezes Deus tem que usar o ímpio para podermos tomar uma atitude.
Uma das piores coisas que existe é viver com pessoas desobedientes a voz de Deus essas pessoas só atrai tempestade para sua vida e acabam colocando outras pessoas em perigos. E só acordam e lembram de obedecer a Deus quando chegam no profundo do abismo. Então o Senhor deparou um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe. Eu desci até os fundamentos dos montes; a terra encerrou-me para sempre com os seus ferrolhos; mas tu, Senhor meu Deus, fizeste subir da cova a minha vida. 
Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo. (Jonas 1.17; 2.6,7).
Tem pessoas que só oram quando estão no ventre do peixe. E fez o Senhor Deus nascer uma aboboreira, e fê-la crescer por cima de Jonas, para que lhe fizesse sombra sobre a cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; de modo que Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira. (Jonas 4.6).
Deus criou para Jonas uma planta e grande foi a sua alegria, quando o crente está debaixo da planta na sombra: Dinheiro na conta, carro do ano, casa nova, gozando de saúde, família crente e muito bom e com isso nos acomodamos com tamanha sombra. Mas Deus enviou um bicho, no dia seguinte ao subir da alva, o qual feriu a aboboreira, de sorte que esta se secou. E aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; e o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que ele desmaiou, e desejou com toda a sua alma morrer, dizendo: Melhor me é morrer do que viver. Então perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da aboboreira? Respondeu ele: É justo que eu me enfade a ponto de desejar a morte.
Disse, pois, o Senhor: Tens compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que numa noite nasceu, e numa noite pereceu. E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muito gado? (Jonas 4.7-11).
Existem pessoas tão preocupadas e dando valor imenso nas coisas, mas do que nas almas. Vejo aqui nesses últimos versículos algo que nossa geração está vivendo, estamos, mas preocupado com o refrigério da planta do que em obedecer a voz do Senhor. Hoje as pessoas estão como Jonas amando a planta (coisas) e gostando das pessoas (almas), valores invertidos. Precisamos amar aquilo que Deus ama. As almas que gemem e sofrem debaixo do jugo do pecado.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

JEJUM, UMA PRÁTICA ESQUECIDA

O contexto atual dos cristãos traz medo, culpa, vergonha,  em seus mais diversos atos, e uma enorme  sensação de vazio que não responde às suas questões, nem lhe dá a paz e a certeza de uma vida de plena comunhão com Deus tendo em vista a negligência da prática do jejum, oração e meditação na Palavra de Deus que são atos de mortificação da carne e aproximação do espiritual trazendo assim uma íntima comunhão com o Pai das luzes. O presente livro tem como objetivo o esclarecimento de conceitos errôneos ou nebulosos sobre o tema jejum. Definir a verdade de Deus sobre o assunto, o propósito do jejum, as formas de jejum e os resultados operados pelo jejum na vida do cristão. O ser hmano é pecador e carece da provisão de Deus para a sua salvação e comunhão com Ele. E, ao que já a possui, faz-se necessária à disposição de estar buscando o caminho que o santifica do pecado, regenera sua alma e lhe assegura de sua condição eterna: filho de Deus.


ADQUIRA NOSSO TRABALHO!

domingo, 6 de julho de 2014

O QUE É MISSÃO?

O sonho da Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, sem dúvida alguma, é evangelizar o mundo. Na grande Comissão, Jesus ordenou a seus discípulos que fossem por todo o mundo e pregassem o Evangelho a toda a criatura (Mc 16.15). A igreja foi levantada embaixo de uma ordem “Ide”. A tarefa de evangelizar está inacabada; e a vinda de Jesus se aproxima.


1. É oplano de Deus
Antes mesmo do mundo ser criado, Deus sabia que o homem iria pecar. Sendo assim, Ele preparou, de antemão, um plano de salvação. Neste plano divino estava o conteúdo da obra missionária, que é o anúncio do Evangelho de salvação ao mundo perdido. (Gn 3.15;  Ef 1.4 ;  1Pe 1.19-21).


2. É a ordem de Jesus
Um dos maiores mandamentos de Jesus registrado nas Escrituras é a ordem de fazer missões (Mc 16.15; Mt 28.19, 20). Antes da ascensão, sua última ordem foi: “Ide por todo o mundo”. (Mc 16.15).


3. É a obra do Espírito Santo
O propósito pelo qual o Espírito Santo foi enviado é capacitar e dirigir a Igreja no avanço da obra missionária (Lc 24.47-49). Todo movimento espiritual que se denomine avivamento e não vise a conquista de almas para Cristo é pura emoção e não unção (At 1.8; 2.1-5,14; 4.5-12,31; 13.1-4).


4. É dever da igreja
Jesus não deixou a responsabilidade da Grande Comissão a nenhuma instituição humana. Antes, privatizou esta importante tarefa à sua amada Igreja (Mt 28.20; Jo 15.16; 17.18-20).


5. É responsabilidade de cada cristão
Vivemos num mundo secularizado; desafiador, numa época em que grande parte dos cristãos já se acostumou com as facilidades do presente século.(1 Ts 4.7,8).Cada cristão tem a responsabilidade de apoiar a obra missionária com: a) oração: (Rm 15.30; Ef 6.18-20; Cl 4.2-4); b) contribuição (Fp 4.10-20; 2 Co 9.6 - 14); e c) evangelização (1Co 9.16; ­­Ez 33.6-8).

terça-feira, 18 de junho de 2013

OS RESULTADOS DO PENTECOSTES

1. O Pentecostes foi um fenômeno celestial
O Pentecostes não foi algo produzido, ensaiado, fabricado, teatralizado. Algo do céu verdadeiramente aconteceu. O Pentecostes foi incontestável, ninguém pôde negar sua existência. Foi irresistível, ninguém pôde impedi-lo. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os seus resultados. Foi singular, o Espírito Santo veio para permanecer eternamente com a igreja, como o outro Consolador.

2. O fenômeno do derramamento do Espírito incluiu:
2.1. Som
Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. O Pentecostes foi audível, verificável, público, transpirando para fora do cenáculo.

2.2. Vento
O vento é símbolo do Espírito Santo. O hebraico tem uma única palavra para “vento e sopro”. O homem passou a ser alma vivente quando Deus soprou em suas narinas. Foi o hálito de Deus que lhe deu vida. Deus renova a face da terra, enviando o seu Espírito (SaImo 104.30). O Espírito soprou no vale de ossos secos e do vale brotou a vida.
Jesus disse que "o vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai..." (João 3.8).
a) O vento é livre, ninguém consegue domesticá-lo; ele sopra onde quer. Muitas vezes, ele sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde estamos soprando com toda a força.
b) O vento é soberano.
c) O vento é misterioso; ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.
d) O vento tem uma voz, importa-nos ouvi-la e obedecer.

2.3. Fogo
O Espírito veio em línguas como de fogo. O fogo também é símbolo do Espírito.
a) O fogo ilumina, pois quem é nascido do Espírito não anda em trevas.
b) O fogo purifica, queimando todo o entulho que entope as fontes da nossa vida.
c) O fogo aquece, tirando-nos da frieza espiritual e inflamando nosso coração.
d) O fogo alastra, pois quando estamos cheios do Espírito é impossível isso ficar escondido. Quando estamos cheios do Espírito, as pessoas que estão à nossa volta notam isso e sofrem o impacto desse fato.

2.4. O fenômeno das línguas
As pessoas que ficaram cheias do Espírito Santo começaram a falar em outras línguas. Não havia necessidade de interpretação (Atos 2.8,11), o que representa a universalidade do Evangelho.

3. O Pentecostes veio para mostrar que o poder de que o homem precisa não vem de dentro, mas do Alto (Atos 2.2-4).
O que aconteceu ali no Cenáculo, o vento impetuoso, as línguas de fogo, o derramamento do Espírito, não foram experiências subjetivas. Aquelas coisas extraordinárias não partiram de dentro das pessoas que estavam reunidas, mas vieram do Alto. As religiões orientais, a Nova Era, a Confissão Positiva dizem que o homem tem poder, e a sua necessidade é acordar esse poder latente dentro dele. O humanismo prega que o homem é o seu próprio deus. O budismo, em franco crescimento no Brasil (Revista Isto é, março/97), prega que o poder de que o homem precisa vem de dentro. Mas o Pentecostes mostra que o poder de que necessitamos vem do Alto, do céu, do trono de Deus.


4. Bibliografia

ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
LOPES, Hernandes Dias. Pentecostes: o fogo que não se apaga. São Paulo: Candeia, 1999.


domingo, 3 de março de 2013

O NOME DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

Creio não ser novidade para os assembleianos que o primeiro nome da sua denominação não foi Assembleia de Deus. No Brasil, o pentecostalismo teve inicio com o nome Missão da Fé Apostólica, que designava as igrejas ligadas ao movimento iniciado por Charles Fox Parham (1873-1929). E não foi por pouco tempo. Até ser adotado o nome Assembleia de Deus, quase sete anos depois, a doutrina pentecostal já havia chegado aos estados do Ceará, Pernambuco, Alagoas, Amapá e talvez Amazonas. Portanto, quando os nosso livros de história dizem que a “Assembleia de Deus” chegou a esses estados na verdade querem dizer “Missão da Fé Apostólica” .
O nome da denominação foi esco¬lhido, segundo o testemunho de Manoel Rodrigues, o primeiro presbítero assembleiano brasileiro, numa parada de bonde. Gunnar Vingren perguntou a um grupo de irmãos que após o culto estava aguardando a condução qual nome se deveria dar à jovem igre¬ja, que estava para adquirir personalidade jurídica. Explicou-lhes que nos Estados Unidos as igrejas adeptas da doutrina pentecostal usavam o nome “Assembleia de Deus” ou “Igreja Pentecostal”. Todos decidiram pelo primeiro. Foi registrada assim em 11 de janeiro de 1918.


Datas importantes

19 de novembro de 1910 — Os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam a Belém do Pará.

13 de junho de 1911 — Um grupo de irmãos é cortado da comunhão da Igreja Batista por aceitarem a doutrina pentecostal.

18 de junho de 1911 — O culto realizado nesse dia, na casa da irmã Celina Albuquerque, com a presença de excluídos e alguns ainda membros da Igreja Batista, marca o início da Assembleia de Deus no Brasil. É a data em que se comemora a sua funda¬ção.

11 de janeiro de 1918 — A denominação é registrada oficialmente como pessoa jurídica e adota o nome Assembleia de Deus (antes disso, chamava-se Missão da Fé Apostólica).


Primeiro batismo no Espírito Santo

A primeira pessoa a receber a pro¬messa do batismo com o Espírito Santo no Brasil foi Celina Albuquerque, no dia 2 de junho de 1911. Depois de um culto em que buscava o batismo, ela continuou orando em casa. À uma hora da ma¬drugada, começou a falar em línguas, só parando duas horas depois.

Fonte: O balido (blog do Judson Canto).

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

APRENDENDO COM DEUS


 O primeiro capitulo de Gênesis apresenta Deus trabalhando. Geralmente a nossa atenção se dirige às coisas criadas. Entretanto, esse livro tem muito a nos ensinar sobre seu principal personagem: O próprio Deus. Assim como as nossas obras mostram o nosso caráter, também a criação revela diversos aspectos da natureza divina.
Entre Gênesis 1.1 e 2.3, sete dias se passaram. Vemos ali um exemplo de como aproveitar bem a semana. Nos seis primeiros dias, Deus fez toda a sua obra e no sétimo descansou. Em cada dia, algo significativo era feito. Nós também precisamos usar bem o nosso tempo. Quantas pessoas deixam a semana passar e não resolvem o que precisa ser resolvido nem fazem o que deve ser feito. Assim passa o mês, os anos, a vida. Muitos querem descansar antes de trabalhar e sofrem por isso. O exemplo que Deus nos deu é bem diferente. A preguiça não encontra apoio bíblico. O trabalho excessivo também não. Os preguiçosos sofrem necessidades e quem trabalha excessivamente sofre desgastes físico e mental. Trabalhar e descansar são importantes, cada um na medida e no tempo certo.
Deus poderia ter dito: “haja tudo”, e tudo de uma vez passaria a existir. Então teríamos apenas um versículo narrando à criação. Sabemos que não foi assim. Podendo fazer tudo de uma só vez, ele quis dividir seu trabalho em etapas. No primeiro dia Deus cria a luz cósmica, no segundo dia o firmamento, no terceiro dia a terra seca e no quarto dia os luzeiros, ou seja, os astros. Nesses quatro dias Deus põe em ordem a criação. No quinto dia cria os peixes e as aves, no sexto dia os animais e o homem. No quinto e sexto dia Deus da vida a criação. No sétimo dia houve o descanso de Deus aonde ele declara que a criação é boa.
O texto de Gênesis 1 nos mostra, de maneira bem interessante, que Deus é organizado. Ele fez todas as coisas na ordem necessária. Primeiro a água, depois os peixes. Primeiro o céu, depois as estrelas. Primeiro os minerais, depois os vegetais e por último, os animais. Deus não começou criando o boi para deixar o animal mugindo de fome.
Uma das formas de vê o sofrimento natural na vida do homem é através da desordem em casa, no trabalho, na escola, e etc, dificilmente alcançaremos um bom nível de realização através da desordem. Adiantar, atrasar ou inverter a ordem pode causar muito sofrimento.
A criação do homem foi um ato de amor do criador. Assim como o oleiro toma o barro em suas mãos para moldar o precioso vaso, Deus formou o ser humano do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego de vida e o colocou em um jardim preparado com todo carinho.
É interessante observarmos que Deus, embora tenha feito tanto, ainda deixou muitas coisas para que o homem fizesse. É assim até hoje. Ninguém deve pensar que Deus fará tudo sozinho. Em varias questões da vida, nossa participação, decisão e trabalho são importantes. O mais difícil ele fez, que foi criar o ouro (Gn 2.11,12). Agora, cabe ao homem encontrá-lo. E, em casos assim, não basta orar é preciso trabalhar (tomar atitude). Refiro-me ao ouro como uma ilustração para tudo aquilo que possa ser importante e valioso para cada um de nós. Pense nisso!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ANTROPOMORFISMO E ANTROPOPATISMO


 Deste os seus primórdios, as pessoas desenvolveram muitos conceitos sobre a existência de Deus e sua substância, alguns desses influenciados pelas correntes filosóficas.

Teólogos influenciados pelo estoicismo, como Tertuliano, dada a sua cosmovisão materialista, pensavam em Deus como um Ser físico, ainda que feito de algum tipo de material leve e tênue, como o fogo. Os estoicos argumentavam que apenas um fator físico pode influenciar o mundo físico. Se Deus não fosse uma entidade física, ele não seria capaz de fazer nada e por conseguinte, não existiria. Parece ser esta também a posição dos saduceus, observe em Atos 23.8.

Outros pensadores cristãos foram influenciados pelo platonismo, como Orígenes. Para estes, a distinção elaborada por Platão entre o mundo físico inferior, que vemos à nossa volta, e o mundo intelectual superior, que não vemos, mas é real, combinava perfeitamente com o Cristianismo. Segundo estes teólogos, Deus fazia parte do mundo intelectual , por essa razão, não era um ser físico, não tinha um corpo material. A única possibilidade de encontrá-lo era por iniciativa da mente.

Os mórmos, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, creem que Deus tem um corpo tangível. Joseph Smith, seu fundador, escreveu: “O Pai possui um corpo de carne e osso, tangível como o corpo humano. O Filho também. Mas o Espírito Santo não tem corpo de carne e osso; ele é uma personificação do Espírito. Se não fosse assim, o Espírito Santo não poderia habitar em nós”.

Por Deus ser Espírito, é tanto pecado quanto tolice fazer qualquer imagem ou desenho de Deus. Observe em Ex 20.5; Dt 5.8-9. Nossas mãos são tão incapazes de formar uma imagem dele ou desenhá-lo como são incapazes os nossos olhos de vê-lo.

Muitos cristãos acreditavam não apenas que Deus era material e físico, mas também que possuía algo semelhante ao corpo humano tendo em vista que a Bíblia fala das mãos, ouvidos, dos olhos, das costas, dos braços e etc. Porém estas partes corporais fazem parte de uma linguagem simbólica e analogias para podermos compreender esse Deus. 

Alguns estudiosos têm asseverado que um Deus definível não é Deus, pois, Deus não pode caber dentro de uma definição.   Todavia, a definição neste caso não tem sentido de delimitação, mas didático. Um catecismo cristão antigo definia Deus da seguinte maneira: “Deus é um Espírito perfeitíssimo, criador do céu e da terra.” O breve catecismo que sucedeu ao longo, no sul da Alemanha a partir de 1529, dispunha que: “Deus é um Espírito, infinito, eterno e imutável em se ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”.

ANTROPOMORFISMO

 “É Deus usando as partes humanas para se expressar por meio de analogias como se ele fosse humano. Serve para trazer o infinito ao alcance do finito de forma que seja compreendido”.
 
Deus não pode ser percebido pelos sentidos humanos, pois é espírito eterno, infinito e invisível. Sendo Ele espírito, é invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas, portanto, é livre de todas as limitações temporais. Deus, na qualidade de espírito, deve ser compreendido não pelos sentidos do corpo, mas antes, pelas faculdades da alma, vivificadas e iluminadas pelo Espírito Santo.
Estas representações do Antropomorfismo a seguir aludem à Sua obra, em sentido figurado, e não à Sua natureza invisível. Nelas são manifestos os Seus interesses, poderes e atividades.
      a) Os olhos falam do Seu conhecimento (Dt 11.12; Sl 34.15);
b) Os braços e mão falam da Sua eficiência e poder (Ez 20.33; Is 59.1);
c) Os ouvidos se referem a Sua onisciência e atenção (2 Cr 7.15,16; Sl 34.15);
d) A face refere ao Seu favor (Sl 27.9; 143.7);
e) A boca fala da revelação da Sua vontade (Jó 37.2; Pv 2.6);
f) As narinas aludem a aceitação das nossas orações (Dt 33.10; Ap 8.3,4);
g) O coração representa a sinceridade das Suas afeições (Gn 6.6; 2 Cr 17.19);
h) Os pés falam da Sua presença (Is 60.13; 66.1);
i) Os ouvidos referem a Sua prontidão em ouvir as súplicas dos oprimidos (Ex 3.7; Sl 34.15; Ne 1.6; Jr 33.3).


ANTROPOPATISMO

 “É a tentativa de Deus se expressar, referindo-se aos sentimentos humanos como se ele tivesse os tais”.

a) Amor - Ap 3.19 “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te”. Deus, portanto, há de ser pessoal, pois o amor é pessoal. O amor subentende três elementos essenciais da personalidade, a saber: intelecto, sensibilidade e vontade.

b) Tristeza - Gn 6.6 “Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração”. A tristeza é uma emoção pessoal que aqui é atribuída, devido à atitude pessoal e às ações dos homens.

c) Ira - I Rs 11.9 “Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, porquanto desviara o coração do Senhor, Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera”. A ira, aqui, é um ressentimento pessoal de Deus, ainda que santo, e que Ele sentiu contra Salomão por causa de sua perfídia e infidelidade, depois de ter sido tão altamente favorecido e honrado. Somente uma pessoa seria capaz de tal ressentimento.

d) Zelo - Dt 6.15 “Porque o Senhor, teu Deus, é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do Senhor, teu Deus, se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra”. O zelo ou ciúmes de Deus, diferentemente do ciúme humano, é santo. Trata-se simplesmente de Seu interesse por Seu santo nome. Sua vontade e Seu governo. Não obstante, é um elemento pessoal e revela a personalidade de seu possuidor.

e) Ódio - Pv 6:16 “Há seis coisas odiadas pelo Eterno e a sétima é uma abominação para Sua alma”.


 f) Alegria - Ne 8.10 “...a alegria do Senhor é a nossa força..”

sexta-feira, 27 de julho de 2012

JESUS BREVE VIRÁ!


A promessa da segunda vinda de Cristo é a promessa mais repetida em o Novo Testamento. Por 318 vezes, esta promessa é lembrada no texto sagrado, o que mostra, claramente, que se trata da promessa mais importante para a Igreja, à razão de ser da sua própria fé. Paulo, na sua última epístola, mostra que era esta a sua esperança, tanto que diz que esperava a coroa que estava reservada não só a ele, mas a todos quantos amassem a vinda do Senhor (2 Tm 4:8), a nos indicar, portanto, que o motivo do bom combate, da guarda da fé e da carreira até o fim era o amor à vinda de Jesus.
Trata-se de uma promessa dirigida à Igreja. Com efeito, todas as vezes que o Senhor Jesus fala a respeito de Sua vinda, mostra que se trata de uma promessa reservada para os Seus discípulos. No famoso sermão escatológico, o Seu maior sermão, vemos claramente que se trata de uma conversa entre Cristo e Seus discípulos (Mt 24:3; Lc 21:7), sendo nítido, em todo o sermão, que o Senhor traz uma mensagem à Igreja.
Na parábola das dez virgens, também, vemos que Jesus Se identifica com o noivo, a nos mostrar que se trata de uma promessa dirigida única e exclusivamente à noiva, que outra não é senão a Igreja (Ef 5:23; Ap 19:7; 21:9; 22:17). O apóstolo Paulo, mais de uma vez, também nos mostra que a promessa da volta de Cristo é algo reservado para a Igreja, em passagens como I Co 15:23, 52-58; Fp 3:20,21; I Ts 1:10; 5:9, tendo, no mesmo sentido, se manifestado tanto Tiago (Tg.5:7), Pedro (I Pe 1:4; II Pe 1:16; 3:9,10) e João (I Jo 2:18; 3:1-3). 
A promessa da vinda de Cristo, portanto, é uma promessa dirigida para a Igreja, considerando-se como “vinda de Cristo” o arrebatamento, a promessa que Jesus deixou dirigida aos Seus discípulos em meio a Suas últimas instruções, como se vê em Jo 14:1-3. O plano da salvação envolve a convivência eterna com o Senhor e, por isso, tem-se como necessária à vinda de Cristo para não só nos levar para junto dEle, mas também para premiar aqueles que nEle creram e que, por conseguinte, não merecem sofrer a ira divina que há de vir sobre a face da Terra.
A promessa da vinda de Cristo é uma promessa incondicional. Jesus diz “certamente cedo venho” (Ap.22:20) ou, ainda, “eis que cedo venho” (Ap.22:12), a mostrar que se trata de uma afirmação do Senhor que não depende de qualquer condição para que seja cumprida. Como diz o poeta sacro Justus H. Nelson, no hino 36 da Harpa Cristã, “Sua vinda é certa”, embora não saibamos quando. Jesus virá, estejamos preparados ou não, o que aumenta a nossa responsabilidade. Existem condições para sermos arrebatados, mas a promessa do arrebatamento é incondicional.
Por fim, vemos que a promessa da vinda de Cristo, como toda promessa divina, tem um propósito espiritual. Além de ser uma promessa nitidamente espiritual, visto que dirigida para o povo santo, para o povo espiritual que é a Igreja (1 Pe 2:9,10), tem-se que Jesus virá buscar a Sua Igreja a fim de que se possa derramar sobre a face da Terra a ira de Deus, o que não seria possível ante a presença de um povo justo e santo (Gn 18:23-26), bem como se possa cumprir a promessa das setenta semanas de Daniel com a redenção do povo de Israel (Dn 9:24-27), primeiro passo para o cumprimento das promessas messiânicas que ainda estão por cumprir.